Visite a Drogaria Castro Meira em Pedra Grande/RN

Visite a Drogaria Castro Meira em Pedra Grande/RN

quinta-feira, 4 de julho de 2013

’Inconformados com o caos’, cardiologistas pedem exoneração do Walfredo Gurgel.


Cinco médicos solicitaram o desligamento da unidade médico devido as péssimas condições de trabalho e o "desgaste coletivo"

Por Ciro Marques
Médicos cardiologistas do Hospital Regional Walfredo Gurgel, a principal unidade de saúde pública de Natal, solicitaram exoneração em conjunto do cargo público efetivo que ocupam. O motivo da medida extrema assinada por George Paulo Cobe Fonseca, Cristiane Guedes Pita, Luciano Pilla Pinto, Rodrigo Lopes de Sousa e Stefferson Luiz Melo Duarte seriam as péssimas condições de trabalho da unidade médica.

A divulgação desse documento, datado desta quinta-feira (4), às 11h35, foi feita pelo médico Luciano Pilla, por meio de seu perfil no Twitter. A solicitação foi feita à diretora o Hospital, Maria de Fátima Pereira Pinheiro. “Este pedido se faz em virtude da insatisfação e desgaste coletivo que a equipe enfrenta no decorrer dos anos. Desde 2010 denunciamos problemas e pleiteamos soluções, sem perspectivas concretas, tendo como respostas apenas decisões imediatistas e ineficazes”, afirma o documento assinado de forma conjunta.

Walfredo Gurgel é uma das principais unidades médicas do Estado (Foto: Wellington Rocha)
Segundo os médicos, os “compromissos com os pacientes e com nossa missão” teria sido o motivo, uma vez que eles, médicos, já haviam feito de tudo para tentar melhorar as condições da unidade. “Já interditamos leitos da Unidade (isoladamente ou em sua totalidade) por duas vezes, seja por estrutura inadequada, com infiltrações, leitos anexos em ambiente afastado da UTI, sem possibilidade de monitoração constante, problemas com ar condicionado ou por falta de equipamentos e medicamentos essenciais, como monitores aparelhados de ventilação mecânica  aparelhos de marcapasso provisórios, fitas de HGT, radiografia de tórax no leito, antibióticos, anti-hipertensivos  drogas vasoativas, sedativos, entre outros, além de indisponibilidade de exames de laboratório básicos, como sódio, potássio, provas de coagulação, entre outros”, citaram.

Contudo, essa situação de falta de estrutura não foi o único motivador de desgastes de trabalho. “Diante de promessas sem soluções, optamos por suspender a escala de pareceres até que o impasse fosse resolvido e a carga horária de plantões fosse readequada, após reunião e conivência da direção. Também não funcionou. A sobrecarga aumentou porque o assédio moral imperou através de coações constantes para que continuássemos a dar suporte em outros setores”, relembraram.

“Soma-se a isso, o aumento da cargo horária efetiva de plantões, em virtude da redução progressiva do número de plantonista da Unidade, afastados por doenças, remanejados para outros setores, aposentados, sempre com a anuência dos gestões. Cansados mas não esgotados, procuramos novamente a direção”, acrescentaram os cardiologistas.

Segundo os médicos, todos esses problemas “sempre comunicados à direção do hospital e registrados em livro de ocorrência presente na Unidade, disponível para quem tivesse o interesse e o compromisso de resolver as deficiências”.


“Dessa forma, sem vislumbrar perspectivas de soluções, buscando não compactuar com esse caos perene e estando inconformados com o completo descaso, solicitamos nosso desligamento”, concluíram os médicos no documento. Até o momento, o Walfredo Gurgel ainda não havia se manifestado sobre o assunto.

Fonte: www.portalnoar.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário