Contribuintes que receberam dinheiro de empresas suspeitas de serem pirâmides financeiras têm atiçado o faro do Leão. Em Natal (RN), a Receita Federal passa um pente fino nas declarações de cerca de 200 pessoas que lucraram com esses negócios. Em ao menos três casos, os fiscais já identificaram que “valores significativos” não foram informados ao Fisco.
“Havia indícios de que algumas pessoas que trabalham nesse conceito não haviam declarado corretamente”, diz o delegado Marcos Flores, da Delegacia Regional da Receita Federal em Natal, ao iG .
Atualmente, há três empresas com atividades bloqueadas pela Justiça, acusadas de serem pirâmides financeira: Telexfree , BBom e Priples . Juntas, elas atraíram cerca de 1,5 milhão de pessoas com a promessa de lucro na revenda de produtos.
Outros 28 negócios, entretanto, são investigadas por promotores de Justiça e procuradores da República . Um deles é a Multiclick , que já recorreu à Justiça para tentar impedir um bloqueio semelhante, sem sucesso.
Representantes de BBom e Telexfree negam irregularidades e afirmam que seus negócios são marketing multinível – modelo de varejo legal em que comerciantes autônomos são remunerados pelas vendas de outras pessoas atraídas para a rede. Os representanes da Priples e da Multiclick não foram localizados na noite desta quarta-feira (4).
Talita Moema
Nenhum comentário:
Postar um comentário