O momento econômico de retração e crise por qual passa o Rio Grande do Norte poderá se agravar nos próximos dias. A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) que há mais de 20 anos mantém uma indústria de bebidas na BR-101 Norte, altura de Extremoz ameaça encerrar as atividades no estado, o que pode gerar demissões de cerca de 400 funcionários entre diretos e indiretos.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da na Indústria e Distribuição de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do RN (Sindbeb-RN) Francisco Canindé, até o momento não foi oficializada a situação aso empregados, mas o clima é de preocupação e insegurança.
“A última reunião que tivemos com a diretoria administrativa na quinta (19) não fomos avisados do possível fechamento, mas desde então não fomos mais procurados e o clima é de insegurança entre os funcionários”, afirmou Francisco Canindé.
A fábrica responsável pelas principais marcas de bebidas (Skol, Antarctica, Brahma, Pepsi) emprega diretamente cerca de 220 funcionários, além de mais de 200 trabalhadores que prestam serviço indiretamente.
A Ambev chegou ao Rio Grande do Norte em 1992 com a marca “Antarctica” e a partir do ano 2000 com a fusão das companhias passou a fabricar as outras marcas.
A possível desativação da fábrica no Rio Grande do Norte seria a falta de incentivos fiscais pelo Governo do Estado na redução de impostos. A reportagem do portalnoar.com tentou contato com a direção administrativa da Ambev no RN, mas os telefonemas não foram atendidos.
A assessoria de imprensa da companhia afirmou que até o momento não foi confirmado o fechamento, mas deverá enviar posicionamento oficial.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rogério Marinho também foi procurado pela reportagem, mas estava em reunião externa na manhã desta segunda-feira.
Existe a possibilidade da companhia instalar uma fábrica na Paraíba ou Ceará para suprir um futuro fechamento da fábrica no RN. Recentemente a Ambev investiu em duas novas fábricas, uma em Uberlândia-MG no valor de R$ 550 milhões, com isenção de IPTU e redução de 75% do ICMS, a outra foi em Ponta Grossa-PR com investimento de R$ 580 milhões.
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