Quando declarou, em entrevista a um repórter da InterTV, que diante do caos do Walfredo Gurgel, a equipe tinha que fazer a "Escolha de Sofia", o secretário de Saúde do Estado, Domício Arruda, deixou bem claro: o maior pronto-socorro do Rio Grande do Norte não tem condições de salvar duas vidas ao mesmo tempo.
Para quem não entendeu o que disse o secretário, eis um resumo do filme "A Escolha de Sofia":
a história trata do dilema de Sofia, uma mãe polonesa, filha de pai anti-semita, presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra e que é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto. Se ela se recusasse a escolher um, ambos seriam mortos"...
Pois bem.
Ontem, Amanda Azevedo, filha de um paciente idoso, internado no Walfredo após sofrer um AVC, contou no telejornal RNTV o drama da família: o pai havia passado 12 horas em uma cadeira de rodas até conseguir um leito com direito a ser entubado, de tão grave era a situação.
Hoje, o RNTV mostrou o desfecho da história de Amanda.
Ao chegar ao hospitallogo cedo, procurou pelo pai...em vão.
Ninguém sabia aonde estava o paciente. Ninguém sabia sequer aonde haviam colocado os documentos dele.
Amanda disse que ontem foi orientada pelo hospital a ir pra casa. Antes de deixar o Walfredo, pediu ao setor de Assistência Social que lhe informasse sobre qualquer alteração no quadro.
Pois o pior aconteceu e o hospital foi incapaz de avisar a Amanda.
O pai dela, que ninguém no Walfredo Gurgel conseguia encontrar, estava ali...logo ali...largado no necrotério.
Morto. Abandonado. Ignorado.
Não teve a dignidade nem de ter a família informada sobre sua partida.
Amanda encontrou o pai numa geladeira.
Gelado como a consciência de quem não teve sequer a humanidade de avisar à moça que o pai havia morrido.
Desculpa da assistência social: havia perdido o telefone da moça. Afinal de contas, ela era apenas a filha de um paciente a mais. De um doente a mais. De um problema a mais.
Diante da desumanidade exibida pela afiliada da Globo no RN, bem que o secretário Domício Arruda poderia fazer a escolha de Sofia, não entre os pacientes do Walfredo Gurgel. Poderia começar pelo comando do hospital.
Bem que a governadora Rosalba Ciarlini também poderia fazer a sua...escolha de Sofia.
Ou alguém acha que um caso como esse não acaba caindo no colo dela?
Para quem não entendeu o que disse o secretário, eis um resumo do filme "A Escolha de Sofia":
a história trata do dilema de Sofia, uma mãe polonesa, filha de pai anti-semita, presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra e que é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto. Se ela se recusasse a escolher um, ambos seriam mortos"...
Pois bem.
Ontem, Amanda Azevedo, filha de um paciente idoso, internado no Walfredo após sofrer um AVC, contou no telejornal RNTV o drama da família: o pai havia passado 12 horas em uma cadeira de rodas até conseguir um leito com direito a ser entubado, de tão grave era a situação.
Hoje, o RNTV mostrou o desfecho da história de Amanda.
Ao chegar ao hospitallogo cedo, procurou pelo pai...em vão.
Ninguém sabia aonde estava o paciente. Ninguém sabia sequer aonde haviam colocado os documentos dele.
Amanda disse que ontem foi orientada pelo hospital a ir pra casa. Antes de deixar o Walfredo, pediu ao setor de Assistência Social que lhe informasse sobre qualquer alteração no quadro.
Pois o pior aconteceu e o hospital foi incapaz de avisar a Amanda.
O pai dela, que ninguém no Walfredo Gurgel conseguia encontrar, estava ali...logo ali...largado no necrotério.
Morto. Abandonado. Ignorado.
Não teve a dignidade nem de ter a família informada sobre sua partida.
Amanda encontrou o pai numa geladeira.
Gelado como a consciência de quem não teve sequer a humanidade de avisar à moça que o pai havia morrido.
Desculpa da assistência social: havia perdido o telefone da moça. Afinal de contas, ela era apenas a filha de um paciente a mais. De um doente a mais. De um problema a mais.
Diante da desumanidade exibida pela afiliada da Globo no RN, bem que o secretário Domício Arruda poderia fazer a escolha de Sofia, não entre os pacientes do Walfredo Gurgel. Poderia começar pelo comando do hospital.
Bem que a governadora Rosalba Ciarlini também poderia fazer a sua...escolha de Sofia.
Ou alguém acha que um caso como esse não acaba caindo no colo dela?
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