“Uma das coisas mais comuns que tenho visto são motoristas que param já em cima da faixa de pedestres, quando o sinal está amarelo, e o motoqueiro vem atrás e bate”, afirma o entregador Erich Emanoel Silva, que trabalha em uma moto há três anos. Ele lamenta que muitas vezes os condutores dos veículos não prestem atenção às motos ao redor, mas reconhece que muitas vezes os pilotos também agem com imprudência.
Adriano AbreuErich Emanoel, entregador, sugere que a Semob cria faixas exclusivas para o trânsito de motos
“O ideal mesmo seria termos faixas exclusivas”, destaca o jovem de 21 anos. Emanoel lembra que alternativas semelhantes foram adotadas em São Paulo e já estariam dando resultados, com a queda no índice de acidentes. Ele revela que a família já o aconselhou a parar de pilotar, mas o entregador descarta a possibilidade: “É uma profissão perigosa, mas minha vida é o motociclismo.” Ele afirma que mesmo se não trabalhar sobre duas rodas, no futuro, sempre terá uma moto para o lazer e aponta a Prudente de Morais e a Salgado Filho como as vias mais perigosas.Para o taxista Baruch Bezerra, no entanto, até mesmo estar parado é perigoso, nessa relação pouco amistosa entre carros e motos. “Estava no sinal, parado, quando um motoqueiro veio costurando e atingiu a traseira de meu carro”, diz. Segundo ele e o colega de profissão, Ubiragibe Araújo, falta educação e atenção a muitos motoristas e pilotos que trafegam nas ruas da capital potiguar e o reflexo disso é o aumento no número de acidentes.
“Os motoqueiros hoje passam do limite. Quando vêm no corredor entre os carros já vêm buzinando para a gente sair do meio, como se fossem os donos da rua”, critica Ubiragibe. “Bira”, como é mais conhecido, há quatro anos também possui uma moto e garante que pilotar não tem de ser sinônimo de falta de cuidados no trânsito.
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