Um dia depois de o jornal Le Figaro afirmar que as gravações das caixas-pretas do voo AF 447 inocentavam a fabricante da aeronave, a Airbus, e reforçavam a hipótese de falha humana, as suspeitas seguem repercutindo na França. Ontem, o diretor-técnico do Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA), Alain Bouillard, afirmou à agência de notícias France Presse que as gravações não indicam “disfuncionamento maior” no avião, como panes elétricas totais, bloqueio dos motores ou alarmes incompreensíveis.
Entretanto, segundo o perito, isso não quer dizer que não tenha havido “disfuncionamentos menos importantes”. Na terça-feira, o BEA negou oficialmente que a audição das caixas-pretas tenha permitido descartar a responsabilidade da Airbus.
Nos próximos dias, uma nova equipe do navio Ile de Sein partirá para a região do acidente. A missão principal da equipe será recuperar as peças, que podem esclarecer as causas do desastre e também resgatar os restos mortais de passageiros, uma vez que o material colhido em dois corpos foi considerado positivo, isto é, há condições de identificação através de exames de DNA.
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