Com objetivo de evitar uma crise sem precedentes em toda a pesca do Brasil, o presidente da Confederação Nacional de Pescadores e Aquicultores (CNPA), Abraão Lincoln, se reuniu, em Brasília, nesta terça-feira, com o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), e com o presidente da Comissão de Agricultura no Senado, senador Benedito de Lira (PP). Os pescadores e empresas de pesca querem não apenas evitar a proibição da pesca de dezenas de espécies tradicionais e abundantes no país, em iminência de ser editada pelo Ministério do Meio Ambiente. A categoria exige autonomia para o Ministério da Pesca e Aquicultura trabalhar o desenvolvimento do setor de forma economicamente sustentável e moderna.
Acompanhado do presidente do Conselho Nacional das Empresas de Pesca, Armando Burle, do Ministro da Pesca, Eduardo Lopes, e de uma série de representantes da pesca nacional, Abraão Lincoln foi recebido pelo deputado federal Henrique Alves, que ficou sensibilizado com o pleito e convidou já para esta quarta-feira uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira. Do senador Benedito Lira, Abraão Lincoln também recebeu a garantia de que a ministra será chamada para uma reunião na Comissão de Agricultura do Senado, presidida pelo próprio senador, ainda este mês de novembro. “Temos o apoio do Senado e da Câmara e vamos convencer o Governo Federal da grande tragédia que seria a proibição da pesca destas espécies, sem qualquer embasamento técnico, e prejudicando milhares de famílias trabalhadoras que dependem da pesca para viver”, destacou Abraão.
Os representantes da pesca vão além no debate expondo a falta de autonomia do Ministério da Pesca e Aquicultura, principalmente pelas divergências com o Ministério do Meio Ambiente. Abraão explica que isso existe graças ao modelo de compartilhamento das políticas públicas do segmento pelos dois órgãos ministeriais. “Um país com uma costa imensa como esta, com riquezas marinhas abundantes, com gente que sabe empreender, não pode ficar amarrado, sem poder produzir. Estamos perdendo o bonde do desenvolvimento. O país precisa crescer. A pesca precisa crescer e se desenvolver de forma sustentável. Todos evoluíram e o Brasil só faz regredir”, destaca Abraão defendendo a autonomia para o Ministério da Pesca.
PROBLEMA - A reação dos segmentos organizados da pesca ocorre porque está em curso iniciativa de técnicos ambientalistas que desejam editar a proibição de mais de cem espécies marinhas, como cioba, garoupa, sirigado, badejo, pargo, bodião, peixe serra, alguns tipos de atum, caranguejos e muitas outras. “Vamos combater este absurdo, esta aberração, em defesa do Brasil que produz. Vamos preservar os milhares de empregos dos pescadores", concluiu o presidente da CNPA, potiguar Abraão Lincoln.
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