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domingo, 19 de outubro de 2014

No auge da baixaria, Dilma e Aécio fazem terceiro debate.

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Embate se dá no momento em que PT protagoniza ataques mais irresponsáveis já registrados em uma campanha. Tucano recebeu munição contra Dilma (Felipe Cotrim/VEJA.com)

Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se enfrentam neste domingo no terceiro debate do segundo turno. O embate se dá no auge da baixaria inaugurada pelo PT nesta campanha: o partido protagoniza os ataques mais irresponsáveis já registrados em uma corrida eleitoral – capitaneados pelo ex-presidente Lula, que em 1989 foi alvo das baixarias de Fernando Collor, hoje aliado do PT. Se os candidatos mantiverem nesta noite, no encontro promovido pela Record, o clima das campanhas na televisão, o debate promete ser ainda mais agressivo do que o da última quinta-feira, no SBT.

Em suas inserções na TV, o PT passou a insinuar que o candidato tucano agride mulheres, deixando clara a tática do PT na reta final da campanha: expor a presidente Dilma como uma vítima das "grosserias" de Aécio. Na tarde de sábado, Lula disse que Aécio usa violência contra as mulheres, por "experiência de vida", e a tática de "partir para cima agredindo". Ao comentar a estratégia do tucano contra Dilma Rousseff, o ex-presidente insinuou que Aécio costuma bater em mulheres.

"A tática dele é a seguinte: vou partir para a agressão. Meu negócio com mulher é partir para cima agredindo", afirmou Lula. O ex-presidente também classificou Aécio de "filhinho de papai" e "vingativo". E o comparou a Fernando Collor. O mesmo Fernando Collor que hoje divide palanques com Dilma, como há uma semana, em Alagoas. Lula ainda voltou a mencionar o episódio em que o adversário deixou de soprar o bafômetro em uma bliz no Rio de Janeiro.

A coluna Radar, de Lauro Jardim, informa que Aécio recebeu no sábado, em Porto Alegre, documentos com denúncias contra familiares de Dilma. Pelo que revelou aos mais próximos, trata-se de material de alta combustão. Mas o tucano só pretende usar o material se for atacado.

Na quinta-feira, Dilma buscou atingir o caráter do tucano. O ápice da estratégia petista ficou claro no terceiro bloco, quando Dilma sacou uma pergunta sobre a Lei Seca no trânsito, cujo verdadeiro objetivo era lembrar o episódio em que Aécio recusou-se a fazer o teste do bafômetro durante uma blitz no Rio de Janeiro. O tiro saiu pela culatra: Aécio respondeu dizendo que ela "poderia ter sido direta" e ele mesmo mencionou o episódio. Na sequência, acusou Dilma de rebaixar o nível do debate.

Confrontado no debate anterior, da TV Bandeirantes, com o fato de que sua irmã, Andrea Neves, trabalhou no governo de Minas Gerais quando ele administrou o Estado, Aécio Neves disse que ela exercia trabalho voluntário e não remunerado. Em seguida, apontou a nomeação do irmão de Dilma, Igor Rousseff, para um cargo de assessor da prefeitura de Belo Horizonte na gestão do petista Fernando Pimentel.

Em entrevista ao vivo logo após o debate, a presidente perdeu o rumo ao falar sobre o duríssimo embate. Ao responder a pergunta da repórter Simone Queiroz, Dilma gaguejou ao tentar dizer a palavra "inequívoco", se enrolou e pediu para recomeçar a entrevista, momento em que foi avisada que estava ao vivo. Ela tentou retomar o discurso, mas em seguida alegou ter sentido uma queda de pressão e foi conduzida até uma cadeira próxima.

O debate deste domingo começa às 22 horas. O programa será dividido em três blocos. No primeiro e segundo, haverá rodadas de confronto direto entre os candidatos, com perguntas de livre escolha e direito a réplica e tréplica. No terceiro, além das perguntas, serão feitas as considerações finais.

Fonte: VEJA


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